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Animum exerce in optimis rebus

sábado, 11 de agosto de 2007

Perguntas sobre o livro IV da Republica

1) O capitulo começa com Adimanto dizendo que as imposições que se deveria fazer aos guardiões, impedindo-os de usufruir das riquezas da cidade, provocaria a infelicidade deles. Como Sócrates responde a essa indagação?

2) Explique por que a diferença econômica entre os cidadãos representa o maior perigo para a cidade.

3) O que deve ser feito para evitar essa desigualdade?

4) Como a educação pode ajudar a evitar a desigualdade econômica entre os cidadãos? Qual o papel dos guardiões quanto a isso?

5) Quais as virtudes da cidade boa?

6) A quem pertence a virtude da sabedoria na cidade? Como se exerce tal virtude?

7) Explique a metáfora do tintureiro usada por Sócrates para definir a coragem.

8) O que e moderação?

9) Explique a distinção entre a parte superior e a parte inferior do ser humano.

10) Por que a moderação deve pertencer a todos os cidadãos, não sendo exclusiva de nenhuma classe?

11) Como se define a justiça na cidade, em relação 'as demais virtudes?

12) Quais são as diferentes atividades de uma pessoa que nos levam a perceber que há, na alma, diferentes partes?

13) Quantas partes há na alma? O que faz cada uma delas?

14) Como se distingue a capacidade de desejar e a capacidade de se encolerizar?

15) Qual o objetivo de Platão ao identificar 3 partes na alma?

16) O que é a justiça considerando as 3 partes da alma? como se pode compara-la 'a justiça na cidade?

17) Explique a comparação feita por Sócrates entre justiça/injustiça e saúde/doença.

18) Após a exposição de Sócrates, Glauco faz um comentário a respeito da questão inicial do dialogo, se vale a pena praticar a justiça por si mesma. O que ele diz?

2 comentários:

Anônimo disse...

Sou aluna do primeiro ano de filosofia e gostaria de fazer não uma comentário, mas se possível, perguntas para tirar algumas dúvidas.
1º A partir da Rep.IV qual as 3 classes, as 3 naturezas e as 3 classes da cidade?
2º O que significa a comunidade de mulheres e filhos citado por Sócrates em Rep.IV, 423e-424a, e explicado em 449c seq. o papel da mulher (451c)e sua educação (452e).

Desde já, obrigada.

Professor Anselmo disse...

Com base no mito das três raças, Platão identifica na natureza humana três classes de pessoas. A maioria tem ferro misturado na sua alma e possui aptidão para o trabalho produtivo como agricultores e artesãos, isto é, são eles que produzem o que é necessário para a cidade sobreviver. A segunda classe corresponde aos que trazem prata na alma e são em número bem menor do que os primeiros. Esses são aptos para defender a cidade de seus inimigos externos e manter a paz interna, como soldados e gurreiros profissionais. Por fim, há a classe minoritáriia dos que trazem ouro na alma, os que são aptos para governar com justiça, fazendo leis justas, zelando por sua aplicação e administrando a cidade para que cada um cumpra com o seu papel.
Como a aptidão para cada uma destas três tarefas depende do nascimento, mas não da hereditariedade, não está garantido que um filho de um homem com alma de ouro tenha alma de ouro; por isso, para evitar favorecimentos injustos que levariam a cidade à ruína, as crianças deveriam ser educadas comunitariamente pela cidade, sem saber quem seriam seus pais biológicos; deste modo, quando crescessem, os guardiões da cidade selecionariam as crianças simplesmente por suas aptidões naturais e não por seu sangue. Para isso é que entraria em funcionamento o complicado sistema de casamentos em que não haveria casais monogâmicos, mas as mulheres seriam comuns e poderiam procriar com homens diferentes, de acordo com um sistema de avaliação e recompensas que regulariam as uniões sexuais; o objetivo dessas uniões sexuais, aliás, seria unicamente o de dar filhos à cidade.
Parece bem esquisito e é esquisito, na verdade. Mas, atenção, até onde se sabe esse sistema nunca foi colocado em prática em lugar nenhum.
Mas vale a pena ler o texto de Platão e examinar os curiosos argumentos dele para defender o seu sistema.
Espero ter ajudado.