BEM VINDO

Animum exerce in optimis rebus

domingo, 5 de agosto de 2007

Eu sou o Jeca Tatu

Esse é o poema de Catulo da Paixão Cearense. Um comentário legal sobre ele, de umas 10 a 15 linhas, já livra da redação do bimestre. Não se esqueça que você deve responder ao Jeca Tatu defendendo a democracia. Você consegue?


EU SOU O JECA TATU

_ Como diz o caipira, “diz que”, há muito tempo, um tal senador andou escrevendo num jornal qualquer que o caipira é um preguiçoso, um indolente, um que só vive encostado, um punhado de coisas, enfim. O grande poeta Catulo da Paixão Cearense, colocou, então, na boca de um desses brasileiros, lá do sertão, uma resposta bem assim:


Seu dotô venho dos bredo, só pra mó de arrespondê
Toda aquela fardunsaje que vancê foi inscrevê
Não teje vancê jurgando que eu seje argum canguçu
Não sou não, seo conseiêro. Sou norte... sou violeiro...
E vivo naquelas mata cumo veve um sanhaçu
Vanssuncê já me cunhece: eu sou o Jeca Tatu

Com toda essa mapeage, vassuncê, seu senadô
Nunca um dia se alembrô que lá naquelas parage
A gente morre de fome e de sede, sim sinhô.
Vassuncê só abre o bico pra cantá como um cancão
Quando qué fazê seu ninho nos gaio de uma inleição

Vassuncê, que sabe tudo, é capaiz de arrespondê
Quando é que se ouve nos mato o canto do zabelê?
Em que hora que o macuco se põe-se mais a piá?
E quando é que a jacutinga tá mio de se caçá?
E quando é que o uru, entre as foiage, sabe mais assobiá?
Qual é, de todas as arve, a mais direita e empinada?
A que tem o pau mais duro
e a casca mais ancorada, hein?
Vancê num sabe qual é a madeira
que é mais boa pra se fazê uma canoa.

Vancê, no meio da tropa dos cavalo, seu doto,
Oiando pros animá semvê um só se movê,
Num é capaiz de iscoiê um cavalo esquipadô.
Eu queria vê vancê, no meio de uma burrada,
Somente por um esturro, dizê em conta ajustada
Quantos ano, quantas manha, quantos fio tem um burro.

Vancê só sabe de lezes que se faz com as duas mão.
Mas porém num sabe as lezes da natureza, e que Deus
Fez pra nóis com o coração.

Vancê num sabe cantá mais mio que um curió
Gemendo na beira da estrada
Vancê num sabe inscrevê num papé feito de terra
Quando a tinta é o suor e quando a pena é uma inxada
Se vancê num sabe disso num pode me arrespondê.
Óia aqui, seu conseieiro, Deus não feiz as mão do home
Somente pra ele inscrevê

Vassuncê é um Senadô, é um conseiêro, é um dotô,
É mais que um imperadô, é o mais grande cirdadão
Mas porém eu lhe garanto que nada disso seria
Naquelas mata bravia das terra do meu sertão.

A miséra, sêo doto, também a gente consola.
O orguio é que mata a gente.
Vancê qué ser Presidente ...
E eu sou quero ser rocêro e tocadô de viola

Vancê tem todo o direito de ganhá cém mir pru dia
Pra mió podê fala.
Mas porém o que num póde é a inguinorância insurtá.
A gente, sêo conseiêro tá cansado de esperá.

Vancê diz que a gente véve
com a mão no queixo, assentado
Sem fazê causo das coisa que vancê diz no senado.
E vassuncê tem razão. Se nóis tudo é anarfabéto,
Cumé que a gente vai lê toda aquela falação ?

Preguiçoso ? madracêro ? Não sinhô, sêo conseiêro.
É pruquê vancê num sabe o que seje um boiadêro
Criá cum tanto cuidado, cum tanto amô e alegria
Umas cabeça de gado e despois , a impedemia
Carregá tudo com os diabo em meno de quatro dia.

É pruquê vancê num sabe o trabaio desgraçado
Qui um homi tem , sêo doto, pra incoivará um roçado,
E quando o ouro do mio vai ficando embonecado
Pra gente entônce coiê... O mio morre de sede
Pulo sor esturricado, sequinho cumo vancê.

É pruquê vancê num sabe quanto é duro um pai sofrê
Vendo seu fio crescendo dizendo sempre...
Papai, vem me ensiná o A B C.
Se eu subesse, meu sinhô, inscreve, lê e conta
Intonce eu haverá de sabe como assunta
Tarveis vancê num dexasse o sertanejo morrendo mais pió que um anima

Pru móde a politicáia vancê qué que um homi sáia
Do sertão pra vim vota em Juaquim, Pedro ou Francisco
Quando vem a ser tudo iguá?

Preguiçoso? Madracero? Não sinhô, seo conseiêro...
Vancê não sabe de nada, vancê não sabe a corage
Que é preciso um homi te pra corrê nas vaquejada
Vossa incelença não sabe o valô de um sertanejo
Acerando uma queimada.
Vancê tem um casarão, tem um jardim, uma chácra
Tem criado de casaca.
E ganha todos os dia qué chova, qué faça sór
Só pra falá, cem mi ré.
Eu trabaio o ano inteiro somente quando Deus qué
Eu vivo do meu roçado me esfarfando como um burro
Pra sustentá oito fio, minha mãe e minha muié

Eu drumo im riba de um couro numa casa de sapé.
Vancê tem seu otromóve,
Eu pra vim no povoado ando dez légua de pé.

O sór teve tão ardente lá pras banda do sertão
Que em mêno de quinze dia perdi toda a criação.
Na semana retrasada o vento tanto ventô,
Que a páia que cobre a chóça foi pulos mato...avuô.

Minha muié ta morrendo só por farta de mézinha...
E pru farta de um dotô.
Minha fia que é bonita, bunita cumo uma frô..
Sêo dotô.. num sabe lê..
E o Juquinha que ainda ta cherando memo a cuêro
E já ponteia a viola,
Se entrasse lá pruma escola sabia mais que vancê.

Preguiçoso ? Madracêro ?
Não sinhô sêo conseiêro..Vancê diga aos cumpanhêro
que um cabra, o Zé das Caboca
Anda cantando estes versos que hoje lá no sertão
Avôa de boca em boca.

(canta) Eu prantei a minha roça, o tatu tudo comeu
prante roça quem quizé que o tatu hoje sou eu..

Vassuncê sabe onde ta o buraco adônde véve
O tatú esfomeado ?
Tá nos palaço da corte, dessa porção de ricaço
Que fez aquele palaço cum o sangue dos desgraçado.

Vancêis tem rio de açude, tem os dotô da hingena
Que é pra cuidá da saúde...
E nóis, o que é que tem ? Arresponda ?
No tempo das inleição que é o tempo das bandaiêra
Nóis só tem uma cangáia pra levá toda a porquêra
Dos dotô puliticáia.

Sinhô dotô Conseiero, de lezes, eu num sei nada,
Meu direito é minha inxada, meu palaço é de sapé
Quem dá lezes pra famía é minha boa muié
Eu sou fromado oito vêis, eu sou também conseiêro
Pruque tenho oito fiínho
E quem dá lezes pra minha arma
é as déis corda do meu pinho

Vancê qué ser presidente ? Apois seja, meu patrão.
A nossa terra, o Brasí já tem muita intiligência,
Muito homi de sabença que só dá pra espertaião.
Leva o diabo a falação.
Pra sarvá o mundo inteiro abasta ter coração.
Prôs homi de intiligência trago cumigo esta figa
Esses homi tem cabeça, mas porém o que é mais grande
do que a cabeça ..é a barriga.

Sêo conseiêro...um consêio.
Dêxe toda a birbotéca dos livro...e se um dia vancê quizé
Passá uns dia de fome, de fome e tarveis de sede,
E drumí lá numa rêde numa casa de sapé,
Vá passá comigo uns tempo nos mato do meu sertão,
Que eu hei de lhe abrir a porta da choça e do coração.

Eu vorto pros matagá, mas porém oiça premero:
Vancê pode nos xingá, chama nóis de madracêro...
Pru que nóis, sêo conseiêro, num qué ser mais bestaião...
Não .. Inquanto os homi de riba dexa nois tudo mazombo
E so tratá dos istambo e só tratá de inleição,
Sêo conseiêro hai de vê pitando seu caximbão,
O Jeca tatú se rindo, cuspindo, sempre cuspindo,
Com o quêxo em riba da mão.

Eu sei que sou um animá, eu não sei memo o que eu sô
Mas, porém eu lhe garanto que o que vancê já falô,
e o que ainda tem de falá, e o que ainda tem de escrevê...
todo..todo..o seu sabê e toda a sua saranha,
num vale uma palavrinha daquelas coisa bonita
que Jesuis numa tardinha disse em riba da montanha.

16 comentários:

Flávio C. Vieira Jr disse...

A proposta dizia para responder a carta. Bom, não pretendo fazer isso e tenho em mente que minha nota pode ser prejudicada.
Infelizmente temos o costume de julgar os outros pelos seus rótulos. Rótulo esses que podem estar de frases em camisetas ate currículos escolares. Nossos rótulos são cada vês mais valorizados por serem um bom resumo do que somos. E numa sociedade tão cheia de pressa, descobrir logo o que se precisa é essencial. Porem uma forma que tais rotulações podem chegar é a pré-conceitos (literal), e posteriormente em preconceitos (no sentido usual da palavra). Inumeros preconceitos podem vir desta situação. Porem o que irei abordar é o ligado ao intelecto do individuo. Tal preconceito realmente me enoja. A única superioridade que se obtém com os diplomas é puramente monetária. Alem de que muitas vezes tais diplomas obtidos sem muito esforço.
Nas escolas de hoje percebemos a grande preocupação com o mercado de trabalho. (Tanto que hoje um homem formado tem uma especialidade apenas. E antigamente estudava-se o que se interessava, formando humanista) Assim temos um ensino cada vez mais mecânico, onde o importante é o numero do boletim e não o que se realmente absorve do conteúdo. As avaliações nos forçam a duas alternativas. Decorar linhas e linhas de conteúdo ou colar. Não vou nem comentar sobre as chamadas orais. O próprio vestibular é assim. Porem vem mudando ultimamente (Unicamp/USP).
Um diploma não é suficiente para mostrar a inteligência de alguém. E acredito também que não aja algo capaz de tal feito. Sem contar que o individuo que esta com seu diploma na mão, é totalmente dependente do operário ou do fazendeiro.

Flávio Costa Vieira Jr Nº 12 3ºE

Professor Anselmo disse...

Caro Palhaço:

Muito bom o seu comentário. Não sei ainda se vai valer a nota ou não. Você captou bem a idéia do Jeca, que critica a superioridade do senador baseada num pretenso saber que o Jeca não possui (saber ler e escrever); porém ele apresenta como resposta ao insulto do senador, o seu próprio saber, coisas com as quais o senador, no conforto da vida urbana, jamais sonhou.
Você já parou pra pensar: quantas pessoas sabem de onde vem o arroz e o feijão que consomem todo dia e graças aos quais permanecem vivos?

O ponto, no entanto, que eu gostaria de destacar no poema, comparando-o com a República de Platão é o lugar da educação na constituição de uma sociedade justa.

Repare no trecho em que o Jeca diz que o Juquinha "se entrasse lá pruma escola, sabia mais que vancê” e como ele se queixa do fato de seus filhos não saberem ler e escrever. Quer dizer, ele não está contente, ele acha que seus filhos serão prejudicados e, principalmente, ele acha que a vida poderia ser melhor do que é e é disso que ele se queixa.

Só que a solução, infelizmente talvez, não é menos política e sim mais, não é menos saber e sim mais. É certo que, olhando para o mundo como ele é e não como ele poderia ser, dá vontade de se fechar num casulo, viver sua própria vida e deixar o mundo que se f... De viver como um Jeca afinal. Mas daí, então, por que reclamar?

Eric Dias disse...

Professor Anselmo, primeiramente deixando claro uma coisa: não estou fazendo este comentário apenas por desejar uma nota e uma isenção da sua redação, eu gostei do poema e tenha algumas coisas pra dizer sobrre ele, mas mesmo assim ainda vou escrever a redação e entregar-te, pois afinal de contas, eu até que gosto de escrever, não sou um aluno que participa muito de suas aulas, pra falar a verdade, eu não participo da aula de nenhum professor, mas isso não quer dizer que mesmo quando estou fazendo outra coisa, como desenhar ou ler, eu não esteja prestando a atenção no que o senhor diz.
Sobre a relação entre o poema e o livro “A República”, penso que tem a ver com as duas cidades imaginadas por Sócrates, tendo vindo da cidade ideal, o Jeca Tatu, com toda a sua humildade e simplicidade, porém, não creio que isso tenha a ver com a sua ignorância, por um outro lado, vindo da segunda cidade está o senador, com toda a sua ambição e desejo de poder, querendo tomar tudo para si, e que mesmo morando em um “palácio”, ainda almeja tomar, além da casa de sape do Jeca, também a sua dignidade, escrevendo um artigo que o ridiculariza.
Durante todo o poema o Jeca enfatiza o fato de que na verdade o ignorante ali é o senador, pois tudo o que este sabe é escrever e ler, porém não sabe uma porção de outras coisas, como, por exemplo, cuidar da roça, porém, na sociedade em que vivemos, o que é valorizado é o saber escrever, e não o saber cuidar da roça, pois a grande maioria da população é urbana, e a grande maioria desta grande maioria, é ignorante e insiste em achar que o arroz e o feijão que comem todo dia veio de dentro do saquinho de plástico que estava no hipermercado e que o bife que todo o brasileiro ama, surgiu por criação espontânea no açougue, ninguém pára pra pensar que sem esses “Jecas” nós não teríamos nada. Note professor que não enfatizo que seja bom ser “ignorante” do ponto de vista acadêmico, mas que nos é necessário que certas pessoas facão este tipo de trabalho, que é tão digno quanto o de um médico neurocirurgião.
Sabe Anselmo, há pessoas que não sabem cozinhar e mesmo quando tentam aprender não obtêm sucesso. Sabe o que estas pessoas fazem? Elas não se tornam cozinheiros, viram qualquer coisa, de pedreiros a advogados, exceto cozinheiros. Seguindo o mesmo raciocínio, podemos concluir que há pessoas que não tem habilidades para “pensar”, então elas viram “roceiros”, mas como já disse, não ser bom em matemática, português ou filosofia, não quer dizer que você não vale nada. Depois que o senhor leu o poema na sala de aula eu refleti um pouco sobre ele, e enquanto caminhava para casa, notei alguns pedreiros trabalhando. O senhor já notou que os pedreiros são estereotipados como ignorantes? Mas então eu pensei em como é difícil erguer uma casa sem deixá-la tombar a primeira brisa que bater, pense nos cálculos que se tem que fazer para tal. Pedreiros não são ignorantes, eles são mais inteligentes do que muitos “filhinhos de papai” que só estão onde estão devido a influências paternas. Há diferentes tipos de inteligência, ninguém nasce sabendo fazer algo, e quando se aprende, não se aprende tudo que há para se aprender no mundo, creio que nossa vida é muito curta para isso, se em 4,5 bilhões de anos de existência deste insignificante planetinha, numa insignificante galáxia, não foi possível descobrir-se tudo, imagine em 80 anos de vida o que um homem não deixa de aprender.
Eu viajo mesmo professor, desculpe-me se fugi do assunto, mas sempre acabo fazendo isso, acho que tem a ver com o fato de eu generalizar tudo, ou grande parte disso, é que eu vejo que nada é por si só, as coisas estão dentro de outras coisas e interligadas com outras coisas ainda, como caixas dentro de caixas.
Vou ficando por aqui professor, se não eu não paro mais, e vou acabar falando deste astronomia (note que já citei os planeta e galáxia), até a complexidade que é um ser humano, passando por Darwin, Mendel, Descartes, Freud, e por aí vai.
Eric Dias da Silva, nº10, 3ºB

P.S.: O senhor já viu o filme “ O Ponto de Mutação”, se não viu, saiba que é muito bom, é sobre três pessoas discutindo sobre o mundo (efeito estufa, miséria, meio ambiente,...) a partir de idéias de René Descartes, o vi hoje e achei bem legal, um tanto quanto complexo para os meus 5% de capacidade cerebral, mas ainda assim muito bom.

eu sou mais eu disse...

O senador responde ao Jeca Tatu:
Eu sou o senador, o qual pretende governar toda uma população.
Estou diante do senhor seu Jeca Tatu, para discutirmos sobre o comentário que saiu no jornal, de qual você tanto não gostou.
Pois é, seu Jeca Tatu, gostaria que o senhor podesse intender qual as posições que nos limita, nos mostra o nosso lugar, nos revela as nossas obrigações e qual o nosso dom. Para que façamos o nosso melhor.
Como colocaría-mos um alnafabeto no poder?
Como colocaría-mos um senador para plantar, se ele só sabe é mandar?
Portanto, devemos colocar cada um em seu devido lugar, onde temos nossas obrigações, afazeres e acima de tudo o dom!
Você no seu sertão cuidando de seus animais e de uma grande plantação. Já eu, aqui na cidade cuidando dos negócios e dos meus afazeres.
Cada um no seu cantinho, fazendo aquilo que sabe fazer de melhor!

Aluna do 3ºA - Cássia Helena nº09
20/08/07

Bá_Gaúcha disse...

Caro Sr. Jeca Tatu

Concordo com vários pontos apresentados pelo Sr., porém devo discordar do fato de ignorar a importância da democracia, pois ela é importante no lugar que for, inclusive no interior, Sr. Jeca Tatu, pois a Democracia em sua essência nada mais é do que um regime de governo onde o poder de tomar decisões está com o povo, direta ou indiretamente, por meio dos representantes eleitos, que são escolhidos por nós, povo... Essa corrupção que vem acontecendo, não podemos ignorar que também é culpa nossa, pois escolhemos sempre os mesmos corruptos, já que o povo brasileiro tem memória curta.
Mas a escolha de representantes é necessária para que nossas cidades, nossos estados e nosso país, não vire uma tremenda bagunça.
Então Sr. Jeca Tatu, não recrimine a Democrácia que é necessária para o desenvolvimento de qualquer lugar, mas lute, inclusive aí aonde mora, para que as pessoas votem em políticos com bons antecedentes e que demonstrem interesse em ouvir o povo, em ouvir vocês e melhorar as condições de vida do interior do nosso Brasil!
Não desista da Democracia, mas lute para que ela seja exercida em sua essência.

Obrigada pela anteção.

Bárbara Bianca Bach, nº06, 3ºD

Anônimo disse...

Caro Senhor Jeca, entendo a sua “desilusão” com nós, mas, não é bem assim que as coisas funcionam. Vocês do sertão falam isso por que não sabe como funciona a verdadeira “regras” para comandar um país, e devido a isso digo; que uma cidade é dividida em 3 partes: governantes; guardiões; e os trabalhadores que, é a qual, o senhor e a maiores dos cidadãos fazem parte que é muito importante para cidade.Isso é uma forma bem clara de descreve como funciona a democracia, sem esses 3 fatores as cidades seriam uma completa desordem, a ai sim seria o que o senhor descreve a respeito de nossas diferenças, e o desinteresse de nossa política com o povo do interior.
Para que aja essa concordância ela também precisa ser moderada e sábia. Veja só se todos fossem trabalhadores ou guardiões todos teriam as mesmas “funções” da qual agiria conforme o que fosse melhor para si, devido a isso fio obrigatório a democracia, que envolve todos e sem restrição, indiferença.
E o nosso trabalho é difícil que nem o seu, pois temos que resolver problemas que envolvem justiça, o qual é termo de grande responsabilidade, envolvendo varias vidas, a te mesmo a do senhor. Nos também tratamos da fome, promovendo campanhas para arrecadar alimentos, projetos de irrigação para vocês do sertão não terem tanta falta de água. Estamos fazendo nosso trabalho de forma indireta, pois ninguém precisa ficar sabendo, e sim trazer alegria para as pesssoas.
E para terminar convido o senhor e sua família também para vir aqui e visitar o meu trabalho, fique com Deus.
gislaine 23 3°d 28/08

Anônimo disse...

Sr. Jeca Tatu,

A Democracia, tanto desprezada pelo Sr., representa para o ser humano um progresso para uma vida mais estável.
O Sr. a vê, como um atraso e ainda culpa os políticos por isso. É necessário que a política do nosso país melhore, porém a evolução desse país não depende de uma só pessoa. É muito difícil quando poucos querem ver o país crescer e muitos só querem corrupção.
A vida que o Sr. leva é sim de um grande guerreiro , porém a cidade não pode viver sem a serra nem a serra sem a cidade. As pessoas têm que se unirem para o progresso do nosso país, ajudando umas as outras no que for preciso.
O seu gado, o seu plantio e o seu trabalho contribuem muito para que a cidade cresça, porém a cidade precisa de governantes e infra-estrutura para que o meio em que vivemos não seja um lugar desordenado. É necessária sim uma política mais justa e encorajadora, para fazer com que o nosso país evolua de forma com que tanto a cidade como a serra tenha uma boa estrutura para morar, boa alimentação, escolas e principalmente o mecanismo que “toca” nosso país, o emprego para todos.
Dessa forma, Sr. Jeca Tatu, o que temos que fazer para ver o nosso país em desenvolvimento e com uma boa expectativa de vida, de forma que abrange todos que o cerca, é estar defendendo seus pontos de vista a ponto de que contribua para a Democracia e buscar seus direitos, podendo cobrar de seus políticos o que por eles foi prometido, não apenas votando e querendo que as coisas apenas sejam feitas de forma que todos saiam beneficiados.


Daiane Andrade Vicente nº15 3D

Anônimo disse...

Compreendo Sr. Jeca Tatu. E fique sabendo que em meio à enxurrada de más notícias em relação à política e aos políticos, é comum ouvirmos a triste conclusão de que a política não serve para nada, de que os políticos são todos iguais, de que a democracia no Brasil é um lamentável mal entendido. É importante termos a serenidade e o sangue frio para percebermos que não existe parto sem dor, que é a partir de momentos tristes como o que vivemos que as velhas práticas podem ser alteradas.
Por outro lado, existe muitos beneficios que a democracia pode nos trazer, entre muitas, vou citar um exemplo. Aqui no Brasil, as pessoas podem escolher seus representantes (vereadores, deputados, senadores, prefeitos, governadores e presidente) através do voto nas eleições.
E também, Sr. Jeca Tatu, na democracia, existe liberdade de expressão e os direitos de manifestação, que são garantidos pela Constituição Brasileira.
Sr. Jeca Tatu, o meu objetivo em visitar o interior do Brasil, é mostrar a importância da democracia em nosso país, e agora que o Sr. pôde compreender um pouco melhor, gostaria que fosse à Brasíla observar de perto oque nós fazemos, em especial, para vocês que moram aqui no interior. Ficarei honrado com sua visita. Aguardo-o.
______________________

Boa Noite e Até amanhã.

LUIZ HENRIQUE CARNIELLI, N°31 3°D

Unknown disse...

Sr. Jeca, o senhor assim como tantos outros brasileiros sentem na pele o descaso das autoridades perante um problema tão grave em nosso país como a desigualdade social (é isso mesmo, essa coisa que você tanto se queixa tem um nome até que bem bonito), desigualdade essa que exclui, entristece e mata os homens de bem assim como o senhor.
O senhor, senhor Jeca Tatu, tem razão sobre muitas coisas, a não ser por uma, a democracia é sim muito nescessária e sem ela o nosso mundo seria um caos (apesar de já o ser), maior ainda seria a desgraça, a exclusão e a intolerância se não existisse a democracia essa palavrinha difícil de falar, mas que é usada para definir qualquer ato de opreção e terrorismo contra os mais fracos e pobres (Estados Unidos), mas apesar de tanto uso indevido da palavra, ela ainda é linda em sua origem e essência, é a liberdade presenteada para todos aqueles que a procuram.
Espero senhor Jeca Tatu que o senhor entenda apesar de ainda não termos chegado ao ideal da nossa sociedade, o único geito de o alcançarmos é atrvés da plena democracia.
Rafhael Henrique Moraes nº28 3ºB

Anônimo disse...

Indianara nº24 3ºD

Oía, eu vim aqui pra falar a drespeito do que ocê falou pro tar de senador letrado e o que ele falou de nóis.Eu tamem moro na rossa desdeque eu era titiquinha e sei o quanto qui esse desavergonhado tá falando mal de gente como nóis , que trabaia sofrido pra ter um franguinho na panela.
Eu como já falei , moro na rossa desdeque nassi mais eu tive oprotunidade de cressê perto de uma senhora
cheia das intelingencia , a dona Ana . E ela gostava de ensina nóis daqui do capoeirão sobre as coisa que aprendeu
lendo os livro de uns tar de fiulóvisso grego . E um desses ensinamento era sobre a DEMOCRACIA.
Pelos meu entendimento , a democracia é uma forma de governá na qual o povo tem poderes pra escoie os miór
representante pra cuida do que o povo percisa . Só que pra ela dá certo , assim como numa prantação
que nóis fica cuidando pra jogá água pro sol num turricá, nóis tem que fica imcima desses homi que nóis coloca lá no
poder , pra vê se eles tamem tão cuidando pra que os otro poderoso num turriquem o povo . Intonces , dá pra se intende
que memo nóis naum sabendo lêr falar dereito , nóis temo que fica na espreita e cobrá , mioria , assim como
nóis agora tamo fazendo aqui no Arraia . Nóis até ja conseguimo escola pra mó de as criança estudá ...
E é por tudo isso seu Jeca que eu ti falo que a democracia é boa sim sinhô e nóis temo é q fica ligero pra mó di
homi desavregonhado como esse num tripudia e passa pur cima de gente umiude como noises .

Anônimo disse...

Caro Sr. Jeca Tatu, o Sr. despreza a democracia pelo fato de não compreender os princípios (protejer a liberdade humana) e as práticas desse sistema de governo, onde o poder e a responsabilidade da civilização são exercidos por todos os cidadãos, diretamente ou através de seus representantes livremente eleitos.
Entendo sua revolta com a fome, a miséria e a pobeza, não é somente de onde o Sr. vem que estas existem, mas sim em todos os lugares do país, inclusive no mundo todo, onde há situações piores das que o Sr. presencia, na qual você deveria se alegrar em saber que ela existe, pois se com ela o mundo está desse jeito, imagine sem a democracia? Pessoas morrem de fome e outras comem exageradamente, uma desigualdade imensa quando temos o suficiente para todos e é mal distribuído.
Devemos ter conciência da importância da democracia quando exercida suas principais funções: proteger direitos humanos fundamentais como a liberdade de expressão e de religião, o direito a proteção legal igual e a oportunidade de organizar e participar plenamente na vida política, econômica e cultural da sociedade, assim teríamos o país que todos sonham e desejam.
Temos o dever de participarmos desse sistema político que proteje os nossos direitos e liberdades e para isso chegarmos à um consenso nos empenhando nos valores da tolerância, da cooperação e do compromisso, que nem sempre é realizável. Nas palavras de Mahatma Gandhi, “a intolerância é em si uma forma de violência e um obstáculo ao desenvolvimento do verdadeiro espírito democrático”.
Tatiane Laís de Paula, nº30 - 3ºB

Anônimo disse...

Senhor Jeca Tatu,
É em defesa da democracia que venho lhe escrever, pois a ideia de um regime democratico é,
ao contrario doque o senhor pensa, favoravel ao povo, teoricamente, como em uma frase famosa, democracia é o "governo do povo, pelo povo e para o povo".

Porem, tenho que concordar que é um governo com falhas, afinal o povo não é instruido
de forma adequada sobre a importancia de seu voto, devemos votar em governantes que mesmo
antes de estar no governo lutam para melhorar o país, não em politicos que pensam em tirar proveito da situação de poder, sei que a escolha é dificil mas podemos gastar um pouco de nosso tempo para saber mais sobre o nosso candidato.

Hoje há tantos burros mandando em homens de inteligência, que, às vezes, fico pensando que a
burrice é uma Ciência.
Para a educação, não deveria existir distinção de classes, escola deveria ser para todos mas
a falha nao é do regime democrata e sim dos governantes.

Peço que o senhor não esqueça da importancia de seu voto, entendo a dificuldade que o senhor
esta passando mas o que eu espero senhor, é que depois de um razoável período de discussão,
o senhor concorde comigo.

Fernanda Azevedo 3°D n°22

. disse...

Senhor Jeca Tatu, acho importante explicar que sem a democracia não haveria ciência, tecnologia, indústria, capitalismo, classe operária, classe média, modernidade, isto é, o desenvolvimento e o respeito dos direitos do homem. E que é uma forma mais apropriada para expressar o interesse coletivo, de enfrentar situações de grande miséria e carência de um país com enormes diferenças sociais.
Hoje em dia, nenhum cidadão pode depender somente das ações caridosas ou ações humanitárias, pois a cidadania prevê que um cidadão tenha capacidade de autonomia e maturidade para enfrentar certas situações tensas e inconvenientes nos centros urbanos. E que possa aproveitar uma vida cultural urbana, com seu espaço, que se identifique com sua cidade e seus habitantes. Dessa forma, o trabalho é uma das principais fontes de riqueza da humanidade, que ao produzir sua vida material, os homens reproduzem as sociedades em que vivem, com suas regras de adquirir riquezas.
Assim, diferentemente do que acontece nas sociedades rurais, a sobrevivência das sociedades capitalistas dependem das redistribuições de renda, crescimentos da produção, geração de empregos, reformas agrárias,entre outros, e que os trabalhadores de menos escolaridade reduzem sua renda, como conseqüência, o rendimento total dos trabalhadores com maior escolaridade apresenta os maiores ganhos.

Mônika Yamamoto Harada
nº35
3ºD

Anônimo disse...

Sr. Jeca Tatu, acredito que em meio de tanta corrupção e tantas desigualdades em nosso país não devemos deixar de ter esperanças, e não devemos ignorar a democracia pois é através dela que decidimos o futuro de nosso país, os representates são elegidos por nós, o povo. Portanto ela nunca deixará de ser importante. Nós devemos ter consciência ao escolhermos um candidado e fazermos sempre a nossa parte, em busca de uma sociedade mais justa e sem tantas desigualdes e preconceitos.
O seu trabalho, senhor Jeca, nunca deixará de ser importante para nenhum de nós, todos dependemos dele, assimo como você depende de alguns recursos da cidade, por isso é muito importante a união de todos nós para o progresso de nosso país, cada um fazendo a sua parte. Portanto senhor Jeca, nao ignore a democracia, é através dela que podemos alcançar nosos objetivos, e cosneguir melhorias em nossas terras, nos sertões, nas cidades, seja onde for, devemos lutar pelos nossos objetivos e agirmos com consciencia e responsabilidade!

Karina Azevedo Nº27 3ºD

Fehhh disse...

professor
aqi
é
o nº16 do 2ºD
to de dp do 1º ano e nao sei a materia oq vou fazer!!!!!!!!!

se tiver passa pro meu e-mail!!!!!


metalflex3000@gmail.com

Anônimo disse...

professor

nº16 2D

mepassa a materia por email da dp do 1ºano

metalflex3000@gmail.com

por favor
que dia o senhor ta na escola semana q vem